PSI (PSI-20): o que é e, como funciona e empresas.
Investir na bolsa é muito apetecível e já todos ouviram histórias de empresários que enriqueceram de um dia para o outro com a jogada certa. Também já todos vimos os filmes de Hollywood sobre este tipo de investidores, especialmente nos anos 80, quando os Estados Unidos atingiram um alto nível de prosperidade e parecia que qualquer pessoa poderia alcançar o sonho americano ao investir na bolsa de valores.
No entanto, para quem quer começar a investir na bolsa, existe uma série de termos e jargão técnico que torna tudo logo muito difícil. E, muitas vezes, quanto mais procuramos respostas, mais questões surgem. Por isso, são muitos os potenciais investidores que desistem antes de começar. Mas não tem que ser assim.
O PSI é, provavelmente, o termo técnico que mais se ouve falar quando se aborda a Bolsa de Lisboa. No entanto, raramente ouvimos explicar o que significa este apanhado de letras e de números. Não deixa de ser curioso que, após percebido como funciona todo este mundo do investimento financeiro, este se torne extremamente simples e fácil de seguir. Assim, para o ajudar nesta demanda, preparámos este artigo em que pode descobrir tudo o que necessita saber sobre o índice PSI 20.
Origem da bolsa portuguesa.
Em Portugal, as referências mais remotas relativas ao aparecimento das bolsas centram se na Idade Média. O desenvolvimento do comércio originou um maior contacto entre os comerciantes e a presença frequente de negociantes estrangeiros atraía os corretores que, pelo facto de falarem várias línguas, facilitavam as transações de mercadorias.
Em 1495 surge a primeira tentativa de regular a atividade dos corretores de Lisboa, e na s egunda metade do século XVIII surgem as primeiras emissões de ações e os títulos de dívida pública moderna.
O privilégio das transações de mercadorias, realizadas em bolsa, deixou desde então de existir. É também com este código que se regulamentam, pela primeira vez, as operações a prazo. Finalmente, e m Janeiro de 1891 e em Outubro de 1901, respectivamente, são criadas as Bolsas de Valores do Porto (BVP) e de Lisboa (BVL) . Em 1891 surge, provavelmente, a primeira grande crise financeira com características contemporâneas. O mercado de capitais português é largamente atingido e os reflexos da conjuntura recessiva atingem a maior parte dos títulos cotados na BVL, especialmente os da dívida pública do Estado português.
E no 25 de abril, o que aconteceu?
A recessão económica internacional causada pelo choque petrolífero de 1973 permite antever dias difíceis para o mercado de capitais português. Esses dias chegam, de facto, mas por razões diferentes. A tomada do poder político pelos militares em 25 de Abril de 1974 constitui um rude golpe para as Bolsas de Valores de Lisboa e do Porto. Estas encerram de imediato , sendo que a primeira só reabre em 12 de Janeiro de 1976 para a realização de transacções com obrigações, e em 28 de Fevereiro de 1977, para os negócios com acções.
A BVP reabre em 2 de Janeiro de 1981. A maior parte das sociedades cotadas é nacionalizada após o encerramento das Bolsas e quando a BVL reabre definitivamente, apenas algumas pequenas companhias se encontram cotadas. No mercado primário de valores mobiliários não se assistem a emissões de acções até 1981. Apenas as obrigações de dívida pública e de empresas nacionalizadas e públicas são emitidas no mercado , com vista à subscrição pública. Contudo, o financiamento junto do mercado de capitais tem pouca expressão, quando comparado com o recurso ao crédito bancário e com as transferências orçamentais por parte do Estado.
Ações listadas na Bolsa de Lisboa.
A continuação, deixamos a lista de todas as ações listadas na Bolsa de Lisboa.